Na Região do Queijo da Canastra é comum dizer: “nunca passei um dia na vida sem comer queijo”. Há quem diga
mais. Ainda engatinhando, os bebês aprendem a apontar o dedo para a mesa da cozinha e soltam a primeira palavra:
queijo.
A escola é o primeiro lugar onde as crianças desse pedaço de terra conhecem fora do ambiente da fazenda. Lá,
aprendem as letras; conseguem segurar o lápis com a destreza de quem já tirou muito leite da teta de uma vaca e
assim, vão formando palavras e se alfabetizando.
Enquanto a esposa, Ana Maria, vai terminando a leva de queijos do dia, Mauro cavalga pela sua fazenda, em São
Roque de Minas. Vai recordando do seu tempo de professor. Se hoje muitos homens e mulheres conseguem ler e
escrever, devem ao ensinamento daquele ex-professor tanto respeitoso com a lida de “aprender e ensinar”.
Essa realização é o que Mauro leva para o seu Queijo da Canastra. Colocando em prática todos os ensinamentos que
os seus pais lhe passaram, de uma tradição vinda dos antepassados e ao mesmo tempo, ensinando os próprios filhos o
valor a história que está por trás das cinco letras que formam a palavra “queijo”.